Del deseo más satánico
Recubierto de pasión
Cruzan cuerpos prohibidos
En el ardor de la piel impura
Exhibida seducción
Movimiento combinado
Una fuerza que allega
Otra aleja el confiado
Violenta lucha oculta
Entre el miedo y el pecado
Un volteo enloquecido
Arrastrando las miradas
Entre pasos compartidos
De un pulsar descompasado
AL/2007
Piazzolla – Libertango Tango Suite
Babushka e o que vem de dentro
Farta boneca russa
Talismã colorido
Brincadeira revestida
De segredos conhecidos
Quando sai de dentro dela
Outras elas combinadas
Diminuem de tamanho
Até quase não ser nada
Nos seus traços verdadeiros
Ricos eles em detalhes
Guarda todos os anseios
Tal e qual a novidade
Quando muito cobiçada
Busca e leva encantamento
Mas acaba limitada
Sob o medo que vem dentro
AL/2008
Talismã colorido
Brincadeira revestida
De segredos conhecidos

Quando sai de dentro dela
Outras elas combinadas
Diminuem de tamanho
Até quase não ser nada
Nos seus traços verdadeiros
Ricos eles em detalhes
Guarda todos os anseios
Tal e qual a novidade
Quando muito cobiçada
Busca e leva encantamento
Mas acaba limitada
Sob o medo que vem dentro
AL/2008
Amorosa
Vou
Seguindo a melodia
Desse canto companheiro
De quem guarda nas manias
Um cuidado carinhoso
Leve
Feito nuvem em primavera
Forte e frágil passageira
Nesse céu desconfiado
Um descanso duvidoso
Solto
Risco traços bailarinos
Nas asas do que sou
Amorosa, verso e prosa
Artilheira do destino
AL/2009
Seguindo a melodia
Desse canto companheiro
De quem guarda nas manias
Um cuidado carinhoso
Leve
Feito nuvem em primavera
Forte e frágil passageira
Nesse céu desconfiado
Um descanso duvidoso
Solto
Risco traços bailarinos
Nas asas do que sou
Amorosa, verso e prosa
Artilheira do destino
AL/2009
Instante
Havia alguma doçura
Na onda de espuma salgada
Que na placidez da areia
Salpicava gotas aladas
Havia estrelas na noite
Pintando o céu de alegria
E um vento brando e fresco
Refrescando o que ardia
Havia um olhar perdido
Brincando de cabra-cega
E uma mão suave e terna
Guiando por entre a névoa
Havia uma aura acesa
Entre os sonhos acertados
Com a mais bela fantasia
Nesse instante encantado
AL/2007
Brahms - Vier Klavierstücke, Op. 119/1. Intermezzo In B Minor: Adagio
Na onda de espuma salgada
Que na placidez da areia
Salpicava gotas aladas

Havia estrelas na noite
Pintando o céu de alegria
E um vento brando e fresco
Refrescando o que ardia
Havia um olhar perdido
Brincando de cabra-cega
E uma mão suave e terna
Guiando por entre a névoa
Havia uma aura acesa
Entre os sonhos acertados
Com a mais bela fantasia
Nesse instante encantado
AL/2007
Brahms - Vier Klavierstücke, Op. 119/1. Intermezzo In B Minor: Adagio
A mudança

A notícia inesperada era de que iríamos mudar de cidade sem entendermos ao certo por que. Meus pais não tinham muito tempo para ficar dando explicações a três crianças curiosas e perguntadeiras. Tudo teria de ser organizado com rapidez. Sem espaço para despedidas e pensamentos inquietantes.
Partimos sabendo apenas que viveríamos em uma cidade pequena às margens do rio São Francisco, irmã de outra que se encontrava do outro lado nem tão oposto, separadas pelo rio, mas unidas por uma grande ponte.
Na bagagem muita angústia e medo do desconhecido além de móveis e utensílios, que demoraram o mesmo tempo que nós para se acomodarem ao novo espaço que lhes foi concedido. Tudo muito diferente da vida tida confortável e novidadeira de uma capital.
A nova morada era na esquina mais movimentada do bairro e logo tivemos de perfilhar e acolher todos os ruídos que adentravam pelas tantas janelas de madeira protegidas com grades rendadas, disfarçando a visão das coisas prosaicas que desfilavam do lado de fora.
Os quartos eram todos eles interligados por grandes portas duplas guardando a intimidade, mas não separando totalmente os vínculos. Isso nos confortava durante a noite densa e abrasadora.
Sequer tivemos muitos dias para disfarçar a realidade como se fora apenas uma nova brincadeira. O colégio esperava-me do outro lado do rio com seus pátios frios e inibidores para que eu fosse exibida sem nenhum pudor.
O único prazer nas madrugadas pouco frescas era, a caminho do colégio, atravessar a sólida ponte partidária com o sol ainda sonolento e o céu pintado em vários tons alaranjados que cintilavam nas águas calmas e bucólicas do rio.
A cidade vizinha parecia ser mais bonita e atraente certamente por estar a pouca distância dos olhos e do coração, e ter as margens sempre claras e expostas.
Na volta de um dia desgastante por tantos ajustamentos, novamente era a ponte que me confortava ensinando-me o valor das trocas possíveis entre vidas diferentes e visivelmente separadas.
Depois de muitas idas e vindas, sem perceber, fui aceitando como meu, os novos pedaços que me chegavam envolvidos no calor das novas amizades e experiências. Pedaços que antes navegavam nas águas, esperando para serem finalmente aderidos.
Hoje guardo saudade daquele lugar onde aprendi a construir uma ponte ainda mais sólida entre o que sou e o que ainda serei.
AL/2006
Partimos sabendo apenas que viveríamos em uma cidade pequena às margens do rio São Francisco, irmã de outra que se encontrava do outro lado nem tão oposto, separadas pelo rio, mas unidas por uma grande ponte.
Na bagagem muita angústia e medo do desconhecido além de móveis e utensílios, que demoraram o mesmo tempo que nós para se acomodarem ao novo espaço que lhes foi concedido. Tudo muito diferente da vida tida confortável e novidadeira de uma capital.
A nova morada era na esquina mais movimentada do bairro e logo tivemos de perfilhar e acolher todos os ruídos que adentravam pelas tantas janelas de madeira protegidas com grades rendadas, disfarçando a visão das coisas prosaicas que desfilavam do lado de fora.
Os quartos eram todos eles interligados por grandes portas duplas guardando a intimidade, mas não separando totalmente os vínculos. Isso nos confortava durante a noite densa e abrasadora.
Sequer tivemos muitos dias para disfarçar a realidade como se fora apenas uma nova brincadeira. O colégio esperava-me do outro lado do rio com seus pátios frios e inibidores para que eu fosse exibida sem nenhum pudor.
O único prazer nas madrugadas pouco frescas era, a caminho do colégio, atravessar a sólida ponte partidária com o sol ainda sonolento e o céu pintado em vários tons alaranjados que cintilavam nas águas calmas e bucólicas do rio.
A cidade vizinha parecia ser mais bonita e atraente certamente por estar a pouca distância dos olhos e do coração, e ter as margens sempre claras e expostas.
Na volta de um dia desgastante por tantos ajustamentos, novamente era a ponte que me confortava ensinando-me o valor das trocas possíveis entre vidas diferentes e visivelmente separadas.
Depois de muitas idas e vindas, sem perceber, fui aceitando como meu, os novos pedaços que me chegavam envolvidos no calor das novas amizades e experiências. Pedaços que antes navegavam nas águas, esperando para serem finalmente aderidos.
Hoje guardo saudade daquele lugar onde aprendi a construir uma ponte ainda mais sólida entre o que sou e o que ainda serei.
AL/2006
Virgen del sol (Aclla)
Yaz prometida
Rara belleza nativa
De la nación sabia y creyente
Que reza la naturaleza
Vestida en trajes nobles
Bebe la suerte y adormece
En el alto de la montaña
Protegiendo y protegida
Mientras sueña el destino
De su tierra amada
AL/2008
Ravel - Ma mère l'Oye (4hands)/1: Pavane de la Belle au bois dormant
Rara belleza nativa
De la nación sabia y creyente
Que reza la naturaleza
Vestida en trajes nobles
Bebe la suerte y adormece
En el alto de la montaña
Protegiendo y protegida
Mientras sueña el destino
De su tierra amada
AL/2008
Ravel - Ma mère l'Oye (4hands)/1: Pavane de la Belle au bois dormant
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